SER
PASTOR:
SER PASTOR é estar inserido no plano de Deus para a redenção
da humanidade.
Deus não tem outro plano: nem enviar seus anjos, nem dispor
de um imenso amplificador para que Sua própria voz transmita
com perfeição, e sem distorções, Sua
palavra de redenção. Seu plano consistiu no envio
de homens.
SER PASTOR é ser auxiliar de Cristo, a "remar"
no barco de Seu Reino, sob suas ordens; não é ser
dono da igreja, nem definidor de seu destino. É, sim, estar
com Cristo, para assisti-lo. E é ser mordomo, administrador
responsável dos mistérios de Deus, Evangelho que por
séculos esteve oculto dos homens e que se manifestou em Cristo.
SER PASTOR é ser arauto que solene, grave e dignamente anuncia
os decretos do Rei; é ser profeta a falar da parte do Senhor;
é ser sacerdote, - por que não? - a abraçar
as aflições e as dores da humanidade e levá-las
à presença
do Sumo Sacerdote, Jesus Cristo.
SER PASTOR é ser mestre, a retirar das despensas de Deus
a palavra que instrui, informa, transforma e orienta para o tempo
e a eternidade.
SER PASTOR é ser conselheiro pronto a ouvir, compreender
e ajudar; e amigo que tem a palavra oportuna e veraz, a mediar o
bálsamo divino para corações feridos.
SER PASTOR é ser líder do povo de Deus, que aparece
menos pela autoridade que reivindica, pelo domínio que pretende
exercer, e mais, muito mais, pelo caráter, pela integridade,
pelo exemplo.(1Ped. 5:2, 3).
SER PASTOR não é ser o "faz-tudo", o "manda-chuvas",
o "super-astro" a brilhar na ribalta de uma tribuna sagrada
que se transforma em passarela de exibicionismo e vaidade. Não.
É ser "preparador", "treinador", "habilitador"
do povo de Deus para que este sirva, edifique a igreja, promova
o Reino de Deus no mundo, cresça enquanto serve, sirva enquanto
amadurece e tem por padrão a excelência da estatura
do varão perfeito - Jesus Cristo.
SER PASTOR não é ser super-homem ou semideus. É
ser homem, comum, normal, mas sobrenaturalmente habilitado para
servir ao povo de Deus. É ser homem de verdade e da verdade.
É ter os pés no chão do sofrimento, das necessidades
e desafios humanos e a cabeça no céu das provisões
divinas para um mundo carente.
SER PASTOR é ser capaz de no mesmo dia sorrir e chorar, celebrar
a vida e consolar na morte; é ter coração simples
com de uma criança para perdoar, e forte como de um gigante,
para a sucessão muita vez pavorosa, de experiências
traumatizantes.
SER PASTOR é viver no tempo, a edificar para a eternidade;
é ser construtor de pontes, pelo mistério e ministério
da Palavra, entre o pecador perdido e o Salvador do mundo; entre
pessoas que se estranham e agridem-se; entre o sem sentido da História
e o sentido que a Palavra revelada aponta; entre as trevas da ignorância
espiritual e a luz do Evangelho da graça; é ser embaixador,
a proclamar para os homens de todos os tempos: "Reconciliai-vos
com Deus", por isso que a ele foi entregue o ministério
e nele foi posta a Palavra da reconciliação.
SER PASTOR é ser um paradoxo vivo: é ser afligido
e estar sempre alegre; é ser pobre e enriquecer a muitos,
e parecer nada possuir, e tudo possuir; é vida que se queima
no altar de Deus, entendendo como ventura maior viver e servir.
O Pastor dá razão a Tagore quando afirma: "Sonhei
que a vida era alegria; acordei e descobri que viver é servir;
servi e descobri que servir é alegria".
SER PASTOR é participar de uma obra excelente, bela, que
dura, que transcende os limites do espaço e do tempo, que
glorifica a Deus; é, por isso, o mais belo dos ofícios,
a mais gloriosa das missões, o mais compensador dos sacrifícios.
Ser Pastor requer, entretanto, para que seja experiência venturosa,
que o homem de Deus viva no centro da vontade do Senhor e tenha
a dedicação exclusiva do soldado, a disciplina rigorosa
do atleta, a diligência e perseverança do lavrador,
a aplicação diuturna do obreiro a dividir bem a Palavra,
a abrir caminhos retos para o caminhar seguro e firme do povo de
Deus sob seu cuidado e liderança.
Sejamos
Pastores assim, conforme o coração de Deus, e como
mordomos fiéis da Palavra eterna.
Pr.
Irland Pereira de Azevedo
Pastores
da IEBPOP
1964 – Pr. Duvaltério
1965 – Pr. Domingos D’Atilio
1966 – Pr. Delci Rodrigues
1969 – Pr. Salvador Farina Filho
1970 – Pr. Elmar Lepique
1972 – Pr. Pedro Ferreira
1972 – Pr. João Jorge Rosa
1977 – Pr. Duarte Ferreira Bastos
1979 a 1981 – Pr. Amós Pereira Cruz
1982 a 1983 – Pr. Lourival Marques
1984 a 1988 – Pr. Jorge Luiz
1988 a 1992 – Pr. Oséias da Silva
1992 a 1993 – Pr. José mauro
1994 a 1994– Pr. Levi Barbosa (interino)
1994 a 1999 – Pr. Fernando Fernandes
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